Alfredo Marceneiro canta Moinho Desmantelado
Moinhos Desmantelados
Pelos tempos derroídos
O futuro não pára e as novas tecnologias avançam. Hoje em dia os moinhos de vento que serviam para o moleiro transformar as semente do trigo ou do centeio, em farinha, para fazer o pão, que era, e ainda é o alimento da grande maioria das populações, apenas há alguns em funcionamento para demonstração turística e/ou didáctica.
Quando na zona Oeste andei a tirar as fotos para este video-clip, verifiquei que alguns ainda se mantém intactos por iniciativa de cidadãos particulares, há casos em que são mesmo habitação permanente, outros como 2ª habitação. Também algumas entidades públicas, em especial as autarquias fazem o possível para manter um ou outro de pé, mas com o tempo, virá o costumado desabafo " de falta de dinheiro para os manter " e assim irão desaparecendo.
Com o aparecimento das fábricas de moagem, estes lindos monumentos campestres que tanta inspiração deram aos poetas, começaram a deixar de ser usados. Os velhos moleiros foram morrendo e não houve seguidores.
Mas este panorama não é recente, já assim era nos anos trinta do século passado, o que se confirma no poema que Henrique Rego escreveu para meu avô, a seu pedido, pela tristeza que lhe dava quando ía à terra de seus pais , no Cadaval, ao ver os moinhos abandonados e em ruínas.
Hoje vêem-se os montes já com largas dezenas de moinhos "Eólicos", que como sabem não moem farinha, geram somente energia eléctrica. Veremos se serão inspiração no futuro para algum poeta! Quem sabe?
" MOINHO DESMANTELADO"
Letra de: Henrique Rêgo - Música Do Fado Corrido