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Alfredo Marceneiro "O Patriarca do Fado"

Orgãos Dirigentes para a ACFPF - Proposta

Vítor Marceneiro, 30.11.12

Caros amigos e sócios  da Associação Cultural de Fado "O Patriarca do Fado"

 

Após algumas reuniões singulares e contactos directos foi já possivel constituir uma lista para os órgãos dirigentes da asssociação, o que não invalida que outras possam aparecer, pelo que qualquer dúvida agradecemos nos seja colocada.

Somos neste momento 34 sócios efectivos fundadores e 6  sócios honorários 3 sócios de mérito

 

Candidaturas aos corpos gerentes:

 

Direcção

 

Presidente: Armindo Peralbo Rosa

Vice-Presidente : Drª  Margarida Maria Teixeira Lourenço Soeiro

Secretário: António João Várzea  Corrêa

Tesoureiro: Maria da Piedade Mateus Francisco Duarte

Director Executivo: Vítor Manuel de Azevedo Duarte

 

Assembleia Geral

 

Presidente: Francisco Manuel Feliciano Pinteus

1º Secretário: José Alberto Coelho Duarte

2º Secretário : José Militão  Nobre Pinteus

 

Conselho  Fiscal

 

Presidente: Dr. José Bernardo Nunes

Vogal: Drª Leonor do Céu Freitas Pena

Vogal: Vítor Manuel Monteiro Escada

 

 

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.

1ª Assembleia Geral de Sócios

Vítor Marceneiro, 27.11.12

CONVOCATÓRIA


Informa-se/convoca-se todos os sócios inscritos, que os Sócios Fundadores, que assinaram a constituição da Associação na Conservatória do Registo  Comercial de Lisboa,  Vítor Manuel de Azevedo Duarte e Armindo Peralbo Rosa, convocam uma reunião nos termos da lei, que se realizará no próximo dia 2 de Dezembro pelas 21 Horas na sede provisória da  Associação,  com a seguinte ordem de trabalhos:

 

1º  - Votação dos Estatutos

2º  - Apresentação das listas concorrentes aos órgãos sociais

3º - Votação dos órgãos sociais.

 

Logo de seguida será assinada a tomada de posse dos respectivos elementos eleitos, e o sócio eleito para Presidente da Assembleia Geral, fará a  abertura daquela que será a 1ª Assembleia de sócios da Associação Cultural de Fados "O Patriarca do Fado" com o ponto único de informar, que que irá marcar a que será a 2ª Assembleia Geral, mais abrangente e de cariz cultural de Fado.

Com a sguinte ordem de trabalhos:

 

1º Almoço ( para quem fizer marcação)

2º Convívio entre os sócios, que muitos ainda decerto não se conhecem pessoalmente.

3º Palestra alusiva ao Patrono da Associação, com intervenções se sócios que assim o solicitam à mesa.

4º Sessão de Fados,  com quem quiser cantar,  mas será convidada um/uma fadista de nomeada par abrir a fadistice.

 

Nota:

A urgência de efectuar estas formalidades prende-se, com o exigido por lei, quer  para dar inicio à actividade da associação, e ainda  para que a Autarquia do Cadaval possa ter interlocutores legais, para a hipótese de nos ser concedido um espaço para sede da associação.


Para mais esclarecimentos não deixe de nos contactar: patriarcadofado.mail.sapo.pt ou  Vítor Marceneiro 965240817

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As castas dos vinhos "Ti" Alfredo Marceneiro

Vítor Marceneiro, 27.11.12

Os contra-rótulos das Castas dos Vinhos "Ti" Alfredo Marceneiro. Onde está designado "Confraria" será aposto "Ti" Alfredo Marceneiro, tendo um texto ou quadra do poeta Tiago Torres da Silva. O Rótulo principal será único para o branco e o tinto. O registo da marca será apresentado  à  CVR - LISBOA  - Vinho Regional de Lisboa, para aprovação.



 

 

 


 

 

         

 

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"Ti" ALFREDO MARCENEIRO - Marca de Vinho CONFRARIA

Vítor Marceneiro, 20.11.12

A Adega Cooperativa do Cadaval, homenageia Alfredo Marceneiro com vinhos da CONFRARIA  com o rótulo "Ti" Alfredo Marceneiro ®

 

 

 Vinhos Engarrafados na Adega Cooperativa do Cadaval

 

  

CONFRARIA

 

SYRAH

Vinho Regional de Lisboa


Vinho Tinto 2010 - 13.5% vol.


 



 

 

 

 

CONFRARIA 

 

Colheita Seleccionada

 

Moscatel Graúdo

 

Vinho Regional de Lisboa

 

Vinho Barnco LEVE 2011 - 10.0% vol.

 

 

 

 

 

 

 

CONFRARIA 

Vinho Espumante de Qualidade

Denominação de Origem Controlada ÓBIDOS 

 

Reserva Bruto 2009 - 12.5% vol.




Engarrafamenteo com estes rótulos, em exclusivo para a Associação Cultural de Fado "O Patriarca do Fado"


se estiver interessado contacte-nos

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Como inscrever-se na Associação

Vítor Marceneiro, 04.11.12

Como funciona a sua inscrição:

Por email, mande os dados que são necessários para o preenchimento da ficha de sócio.

Quando recebermos os dados, a ficha é preenchida, entramos em contacto consigo, confirmamos a recepção e informamos a forma de pagamento da jóia que escolheu( € 20 com o DVD  e/ou CD e € 15 se simples)  e é-lhe comunicado o seu número de sócio. Após confirmação do pagamento, ser-lhe-á   enviada  por correio,  selado com um selo de Alfredo Marceneiro,   a cópia da sua inscrição,  e se optou por   CD ou DVD, o mesmo será enviado.

Se optar para que o seu conjugue ou filhos menores,  sejam também sócios, serão sócios honorários e só pagarão o cartão, €  5 por cada (ver estatutos).

Nota os cartões só serão emitidos após aprovação da imagem dos mesmos,  e de acordo com os orçamentos que temos,   só é viável uma primeira encomenda de 50 e os restantes já podem ser pedidos conforme se forem inscrevendo novos sócios.

Ver a página com as fotos e a descrição dos CD e DVD:

A primeira reunião geral de sócios  2ª Assembleia ordinária ( data e local a informar), será a um Domingo à "matiné" com a seguinte ordem de trabalhos:

 

1- Apresentação aos sócios

a) Recepção aos sócios

b) Almoço

c)  Apresentação Corpos Gerentes eleitos na 1ª  Assembleia Geral, que se efectuará o mais breve possível, quando tivermos pelo menos 25 sócios, pois nos temos da lei a inscrição definitiva nas Finanças,  obriga à entrega  dos estatutos e a acta da eleição dos respectivos sócios eleitos para os órgãos sociais da associação.

d) Plano de actividades da associação para discussão e aprovação.

e) Entrega dos cartões aos sócios e o diploma de Sócio Fundador

f)  Sessão de Fados com  artistas convidados e segue-se a actuação de qualquer sócio que se tenha inscrito à chegada para o fazer, cantar fado ou outro tipo de arte.

 

Nota: Iremos procurar um local com condições para o que nos propomos, assim como negociar o custo da refeição /e/ou outros encargos, que será comunicado na convocatória.

 

Saudações Culturais

Viva o fado

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DVD e CD de ALFREDO MARCENEIRO - 3 Gerações do Fado, CD Alfredo Marceneiro é só Fado

Vítor Marceneiro, 04.11.12

 

 

 

Créditos: Realização de Luis Gaspar: (1979)

               Produção e Coordenação: Vítor Duarte (1979)

               Registo magnético e misturas: Vítor Duarte (1979)

               Produção e remontagem: Vítor Duarte (2007)

               Video Clipe Extra; Realização: Vítor Duarte (2007)

               Textos de: Vítor Duarte (2007)

               Maquetização e Capa: Pedro Matias (Ovação 2007)

               Coordenação Geral: Fernando Matias (Ovação 2007)

 Primeiro DVD de Alfredo Marceneiro editado 25 anos após a sua morte

Lisboa, 15 Julho de 2007 (Lusa)

    O primeiro DVD de Alfredo Marceneiro, falecido há 25 anos, "Três gerações de fado", surge esta semana no mercado, e recupera um documentário televisivo de 1980, realizado por Luís Gaspar.
    Ao longo do DVD  que inclui como extra o videoclip "O lenço" (Henrique Rêgo/Alfredo Marceneiro), o fadista fala da sua história na primeira pessoa, recorda os primeiros tempos, nomeadamente como o apelido "Marceneiro" se lhe colou ao nome.
    Alfredo Rodrigo Duarte de baptismo acabaria por ser Alfredo Marceneiro em virtude da profissão, o nome artístico ficou consagrado numa tarde de fados na Esplanada do Rato, em Lisboa, que do cartaz faziam parte, entre outros, Alfredo Pinto e Alfredo Correeiro.
    O DVD inclui a participação do seu filho, Alfredo Duarte Júnior que ficou conhecido como "o fadista bailarino", falecido em 1999, e do seu neto Vítor Duarte Marceneiro, que aliás assina a produção televisiva.
    Alfredo Duarte Júnior interpreta "É loucura ser fadista" (Júlio de Sousa) e o neto interpreta com o avô "Amor é água que corre" (Augusto de Sousa/A. Marceneiro).
    "Esta era uma das coroas de glória do meu avô e deu-me um grande gosto e até emoção ter interpretado isso com ele", recordou à Lusa Vítor Duarte Marceneiro que editou em 1995 uma biografia de Alfredo Marceneiro.
    O DVD decorre em ambiente de tertúlia com Alfredo Marceneiro que foi apelidado pela imprensa como "o patriarca do fado", lembra que foi "o primeiro a cantar a meia-luz" e consciente que está a fazer um documentário para a posteridade corrige "gajos" por "fulanos".
    Entre "Há festa na Mouraria" (António Amargo/A. Marceneiro) e "Cabelo branco" (H. Rêgo/A. Marceneiro),"Ti'Alfredo" como era tratado carinhosamente pelos fadistas recorda as suas participações nas cegadas e salienta a importância de bem dizer as palavras e respeitar a pontuação.
    Quanto à forma de cantar, Marceneiro atesta que "cada qual canta à sua maneira" e nisso é que está "a evidência" do fadista.
    Alfredo Marceneiro revela também as suas raízes musicais, o avô materno, fadista e tocador no Cadaval (Concelho do Distrito de Lisboa) e o pai "tocador de trombone ou contrabaixo".
    O DVD é acompanhado de um mini-livro onde se referencia a biografia de Alfredo Marceneiro, os estilos que criou, as diferentes edições de discográficas, com destaque para o LP "The fabulous Marceneiro", e sintetiza-se o historial das "três gerações dedo fado" que aliás intitula o DVD.
    Outros temas que Alfredo Marceneiro interpreta neste DVD são "Eterno bailado" e "Antes que queira não posso", ambos de H. Rêgo e A. Marceneiro, "O Marceneiro" de Armando Neves e Casimiro de Brito, "A minha freguesia" também de Armando Neves e Marceneiro e, de Silva Tavares e Marceneiro, os fados "A casa da Mariquinhas" e "Fado balada".
  In: Lusa por  Nuno Lopes

        


                   

 

Os "Quatro Marceneiros" pela primeira vez juntos

no CD "Geração Marceneiro"

 

Produtora: Ovação

Produção: Vítor Duarte Marceneiro

Textos: Vítor Duarte Marceneiro

Capa: Vítor Duarte Marceneiro e Pedro Matias

Maquetização: Pedro Matias

 

 

Lisboa, 22 Julho (Lusa) - O CD "Geração Marceneiro", a editar esta semana, reúne pela primeira vez os "quatro Marceneiros", o patriarca Alfredo, os seus dois filhos e o neto, recuperando para o digital alguns inéditos.
Além de Alfredo Marceneiro, o álbum, editado pela Ovação, inclui os seus dois filhos - Alfredo e Carlos - e o neto, Vítor Duarte, "sendo a primeira vez que surgem numa edição discográfica todos os quatro Marceneiros", disse à Lusa fonte da editora discográfica.
"Preenche-se assim uma lacuna ao incluir os dois irmãos - Carlos Duarte e Alfredo Duarte Júnior - pois quando pela primeira vez o conceito geracional tomou forma de disco, em 1973, já Carlos Duarte tinha falecido", esclareceu a mesma fonte.
Carlos Duarte cantou em várias casas de fado de Lisboa mas preferiu sempre manter o estatuto de amador, tendo falecido em 1966.
De Carlos Duarte são recuperados para CD "Vestido azul" (Henrique Rêgo/Alfredo Marceneiro) e "A casa da Mariquinhas" (Silva Tavares/A. Marceneiro) "gravados por alturas de 1964", segundo a editora.
Carlos Duarte é acompanhado por Armandinho (filho) à guitarra portuguesa e à viola por José Inácio, sendo o único que canta dois fados dada a escassez de registos disponíveis.
O outro irmão, que ficou conhecido como "fadista bailarino", Alfredo Duarte Júnior, canta "Três gerações" (João Alberto/A. Marceneiro), "Restos da Mouraria" (Carlos Conde/Martinho d'Assunção) e "Fados do meu pai" que é uma súmula de vários fados que foram êxito na voz do patriarca, Alfredo Marceneiro.
Alfredo Duarte Jr. é acompanhado à guitarra por Francisco Carvalhinho, João Alberto e Luís Ribeiro e à viola por Orlando Silva, Amadeu Ramin e José Maria Nóbrega. O fadista faleceu em Lisboa em 1999.
Em 1991 cantou com o seu filho Vítor Duarte Marceneiro na RTP por ocasião do centenário do nascimento de Alfredo Marceneiro, interpretação agora recuperada pela primeira vez para CD.
Trata-se do fado "A Lucinda Camareira" (H. Rêgo/A. Marceneiro), mas o CD regista também o seu dueto com o pai no fado "Ser fadista" (Armando Neves/A. Marceneiro), outro inédito, gravado em 1970, que o CD traz a lume.
Inédita é também a gravação de 1973 de Vítor Duarte Marceneiro com o seu avô interpretando "O Camponês e o Pescador" (H. Rêgo/A. Marceneiro) que abre o CD.
De Alfredo encontramos três registos, nomeadamente "Conceito", um fado assinado pelo próprio e com letra de Carlos Conde, "Foi na velha Mouraria", também de Marceneiro com letra de Fernando Teles, e "Cabelo branco" de uma "dupla" recorrente, Henrique Rêgo e Marceneiro.
Todos estes fados foram gravados em 1980, sendo o fadista acompanhado por Francisco Carvalhinho, Ilídio Santos e António Bessa (guitarra portuguesa) e José Maria Nóbrega, Orlando Silva e Fernando Reis (viola).
Os três registos de Vítor Duarte Marceneiro, 62 anos, resultam da recuperação de actuações suas ao vivo, um ambiente onde, segundo afirmou à Lusa, se sente "melhor".
"Bairros de Lisboa" (C. Conde/A. Marceneiro) foi gravado numa actuação na TVI, "Louco" (H. Rêgo/A. Marceneiro) num programa na RTP e "Fado Balada" (S. Tavares/A. Marceneiro) numa actuação no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
"É tudo herança do meu avô, daí não ter um repertório próprio", disse à Lusa o fadista, que projecta editar "talvez ainda este ano" um álbum seu.
Falecido há 25 anos, a longa carreira de Alfredo Marceneiro abrangeu praticamente todo o século XX, tendo-se distinguido como estilista [forma de variar dentro da mesma linha melódica] e compositor.
Alfredo Marceneiro cantou dos bailes de bairro aos cafés de camareiras e retiros até às casas de fado. Deixou numerosos discos, de que se destaca "The Fabulous Marceneiro", mas escassos registos televisivos.
NL.
Lusa/Fim

 

 

Geração Marceneiro -Três Gerações de Fado

Marceneiro é a expressão de uma longa geração que para o Fado nasceu.

 

Alfredo Marceneiro (1891-1982) nome incontornável do Fado que nos deixou um importante legado artístico e vivencial, perpetua também o seu “apelido” através dos seus descendentes directos que lhe seguem as pisadas e actualizam o estilo. Se cada um dos que com ele aprenderam a amar e a viver o fado, cante de forma diferente, o sentimento e a garra está-lhes na alma! A essência fadista que herdaram do progenitor.

Três gerações na mesma arte é inédito em Portugal e, segundo cremos, em todo o mundo.

A Alfredo Marceneiro mestre na arte de bem dizer e dividir o verso sucedem-lhe os filhos Carlos Duarte e Alfredo Duarte Júnior, e seu neto Vítor Duarte.

 

 

Carlos Duarte (1921-1966), cantou o Fado apenas como amador, situação que fazia questão de acentuar. Era frequentador assíduo dos retiros de fado amador onde era muito considerado, sendo unânime a opinião de todos quantos o escutavam, que era um grande intérprete do Fado.

Infelizmente deixou-nos prematuramente devido a um acidente, mas foi possível conseguir recolher alguns registos da sua forma de cantar. Podemos neste CD ouvir e apreciar o seu tom bem característico, mas carregado de “Marceneiro”.

 

 

Alfredo Duarte Júnior (1924-1999) desde muito jovem, embora contra a vontade do pai, quis seguir a carreira de “cantador de fados”, o que acabou por conseguir a carteira profissional aos 18 anos, teve sempre a preocupação de não renegar as origens, criou um estilo próprio, imprimindo às suas interpretações uma coreografia que o levou a ser apelidado de “fadista bailarino”.

Todavia o seu fado é também todo ele carregado de “Marceneiro”

 

 


 

Vítor Duarte, filho de Alfredo Duarte Júnior, começou a cantar como amador, tal como seu tio, no Galito e no Arreda em Cascais.

Cantou em dueto tanto com o pai e como o avô e com ambos gravou. Vítor Duarte Marceneiro tem editado alguns discos, insistindo sempre na sua condição de amador. Também quando canta não enjeita o estilo que lhe está impresso nos genes, e o seu fado é também carregado de “Marceneiro”.

Sendo o que afirma, parafraseando Camões, “amador de cousa amada” tal o seu empenho e amor à causa fadista que além do canto o levou a abraçar com igual dedicação e empenho, a investigação histórica.

É autor da primeira e única biografia de Marceneiro, “Recordar Alfredo Marceneiro” e ainda da monografia “Alfredo Marceneiro – os Fados que ele cantou”. O seu interesse pelas histórias fadista levou-o a escrever aquela que é, até ao momento, a única biografia de Hermínia Silva.

Na sua área profissional, o audiovisual, produziu em 1979 o programa televisivo para a RTP “Alfredo Marceneiro – 3 Gerações de Fado”, exibido em 14 de Janeiro de 1980.

O futuro nos dirá se nas gerações seguintes se manifestarão também os genes e um outro descendente dê continuidade a esta prática fadista já que o legado Alfredo Rodrigo Duarte, para todos “o Marceneiro”, é perpétuo.

 



 

Álbum de Alfredo Marceneiro revela tema inédito
 
Lisboa, 10 Fev (Lusa) - O álbum "Marceneiro... é só fado" de Alfredo Marceneiro, a editar na próxima semana pela Ovação, além de trazer a lume um inédito seu, apresenta o fadista em discurso directo.
Vítor Duarte, produtor executivo do álbum, explicou à agência Lusa que resgatou este inédito de "um convívio fadista realizado por volta de 1965, em Lisboa".Outra originalidade desta edição é que, antes de interpretar cada fado, Marceneiro fala de si e da sua forma de cantar.O musicólogo Rui Vieira Nery, em declarações à Lusa afirmou que "ouvir tão só e apenas Marceneiro constitui uma lição para todos: ouvintes, tocadores, compositores e intérpretes".No CD, em discurso directo, Alfredo Marceneiro explica "a importância de saber dividir uma oração" ou a atenção que dava às sílabas e a preocupação de as "pronunciar bem" ou como um pregão originava uma melodia fadista.Relativamente a este projecto, Rui Vieira Nery afirmou à Lusa que "Marceneiro nunca quis dar lições de fado, quando explicava era num determinado contexto e ambiente, deste modo as frases gravadas surgem descontextualizadas".As gravações agora reunidas num CD datam de 1972, segundo Vítor Duarte, e foram feitas para a etiqueta Estúdio, cujo espólio foi adquirido pela Ovação.Segundo informação do produtor executivo, em nove dos dez fados registados Alfredo Marceneiro é acompanhado à guitarra portuguesa por António Chaínho e à viola por José Maria Nóbrega.Relativamente ao tema inédito, segundo a mesma fonte, "não há registos dos acompanhadores mas é de tal forma importante este fado na carreira de Marceneiro e na história fadista que era indispensável trazê-lo à luz do dia no tempo actual".Dos dez fados registados neste álbum, sete melodias são de autoria de Alfredo Marceneiro.Excepções são "Sonho dourado", letra de Fernando Teles cantada no tradicional "fado Mouraria", "Moinho desmantelado" de Henrique Rêgo, cantado na música do "fado corrido" e "Quadras soltas" também de Rêgo com música própria de Francisco Viana (Vianinha).O álbum "Marceneiro é só fado" integra entre outros, "Rainha Santa", "Sinas", "Cabaré" ou "Remorso", todos de autoria de Henrique Rêgo, e dois outros de autoria de Fernando Teles, "Sonho dourado" e "O pagem".Alfredo Marceneiro, uma das figuras referenciais do fado, faleceu em Lisboa, cidade onde nasceu, a 26 de Junho de 1982.

NL. (*)

Lusa/Fim

 

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O Patriarca do Fado - Crónica

Vítor Marceneiro, 01.11.12

 

 Alfredo Rodrigo Duarte

Alfredo Marceneiro - 1891 - 1982

 

Como já explicitei quer em livros quer nos blogues, Alfredo Rodrigo Duarte, vulgo Alfredo Marceneiro, na realidade nasceu em 1888, a 29 de Fevereiro, mas só foi registado em 1891, este facto deveu-se a dificuldades financeiras de seus pais ( facto muito comum na época), e quando tiveram a oportunidade de o  baptizar, corria o ano de 1891, como  não era um ano bissexto,  e o mê de Feverriro  não tinha 29 dias, optaram pelo dia 25 de Fevereiro.

 

 

ALFREDO MARCENEIRO


“PATRIARCA DO FADO”

  

 

 

 

 Foto de Leonel Lourenco ®


Raro será o português que se não tenha interrogado acerca do fascínio que o Fado exerce sobre si. Verifica-se que o mesmo acontece com os muitos estrangeiros de diversas partes do mundo, com culturas, etnias e credos diferentes dos nossos, que ao assistirem a essa entrega sublime do cantador que nos transmite para além da sonoridade da voz, da expressão facial, do gesticular do corpo, uma melopeia acompanhada por uma parelha de músicos “guitarras e violas”, que nos provoca nostalgia, amor, ódio, ciúme, alegria, que provoca o ritmo acelerado do coração, enquanto na alma desabrocham sentimentos, que extravasam as barreiras linguísticas, e as almas irmanam-se.

O Fado está cheio de símbolos. Os símbolos são gerados pelo povo, sejam políticos ou militares, sejam sábios ou médicos, sejam músicos ou cantores. É o povo o grande juiz: eleva os ídolos quando lhe agradam, os venera quando tal merecem; Mas também é o mesmo povo que os ignora quando são falsos.

No universo da expressão musical, o Fado é um mundo dentro de outro mundo, é um universo de cantigas onde cabem, a dor, a saudade, o entusiasmo, a fé, a esperança... O Fado é uma “seita” com os seus ritos, os seus segredos…

Será talvez uma afirmação sacrílega esta de vos dar como título a este livro:

Alfredo Marceneiro – Patriarca do Fado.

Na “Catedral do Fado” há um sentir que nos leva muitas vezes à lágrima, tal qual “água benta”, como a que tocamos, na saudação de respeito, que nos motiva ao cruzar os umbrais de uma outra qualquer "Catedral"; também no Fado, há um ritual, um estado de alma... que veneramos e respeitamos.

Se alguém entendeu todo este ritual foi decerto Alfredo Duarte, o Marceneiro, por ofício.

Se os prosélitos do Fado entenderem perpetuar a sua bandeira - O Fado genuíno - , que seja relembrando a sua obra, a sua dádiva ao Fado.  Alfredo Marceneiro nunca seapelidou, nem deixou que o apelidassem, Rei do Fado, mas foi, sem sombra de dúvidas,  o seu mais louvado príncipe, tão igual ao Povo que com ele se confundiu amavelmente.

Alfredo tu foste/és o “ Patriarca do Fado

 

Amália com esta frase lapidar, demonstrou a sua veneração por ele:


Alfredo... tu és o Fado

  

 in: Alfrreo Marceneiro o Patriarca do Fado da autoria de Vítor Duarte Marceneiro ©


Alfredo Marceneiro é marca registada no INIP ®

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